quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Herança química

 Todo conhecimento, em substâncias químicas, do passado não simplesmente deixado de lado. Com as novas técnicas , avanço tecnológico , muitas substâncias do passado foram estudadas e são amplamente utilizadas 


Planejamento de fármacos






           Em 1964, tem‐se o primeiro  artigo versando sobre relações quantitativas entre a estrutura química e a atividade farmacológicapublicado por Corwin Hansch (químico americano nascido em 1918).Estudos de correlaçõesentre a estrutura química e a atividade biológica. E com Hansch tem‐se a primeira comprovação científicada influência da lipofilia ‐ do coeficiente de partição octanol‐água (ou log Poct)  no processo de transporte de fármacos. Corwin Hansch se tornou então conhecido como o pesquisador pioneiro da nova era na Química Medicinal: a “ERA QSAR” (“Quantitative Structure Activity Relationships”), na qual o planejamento de fármacos pode ser racionalizado e sistematizado através de estudos sobre a atividade biológica, ou, melhor, da interação enzima‐fármaco, usando‐se a expressão quantitativa da relação entre estrutura e atividade biológica.
      




           Com o avanço da química orgânica(síntese orgânica)  era então possível isolar e modificar certas substãncias com o objetivo de melhorar o efeito, diminuir a toxidez, aumentar a biodisponibilidade, ou até criar substãncias totalmente novas.
                  Podemos arbitrariamente dizer que o desenvolvimento efetivo da Química farmaceutica  inicia-se nas década de 40 e 50 seguindo o modelo da aspirina, isto é, a síntese química e ensaios farmacológicos para avaliar os resultados. Na década de 60 se desenvolve efetivamente a bioquímica, área de conhecimento que muito contribuiu para o avanço da própria Química Medicinal. As pesquisas em bioquímica permitiram o conhecimento das bases moleculares da homeostasia celular (bioquímica celular), bem como as alterações metabólicas, responsáveis por várias patologias (bioquímica fisiológica). Este conjunto de conhecimentos tornou possível eleger alvos moleculares a ser trabalhados pela Química Medicinal. Como exemplo, podemos salientar o estudo envolvendo o metabolismo do colesterol, um componente da membrana celular e precursor
de muitas biomoléculas essenciais como os hormônios esteroidais (testosterona, progesterona, cortisol, etc.).



            
 Modelos computacionais

                 



Na década de 80, com o advento de novos e poderosos computadores, inicia-se a Química Computacional, que passa a auxiliar a Química Farmaceutica . Esta fundamenta-se na química teórica, constituída por teorias propostas para descrever quantidades
experimentalmente determinadas ou não determináveis.
Assim, a Química Computacional, mediante o uso de algoritmo matemáticos, permite predizer efeitos causados por estruturas reais ou imaginárias. São de importância nesta área a mecânica quântica, a mecânica molecular, a análise conformacional, a teoria de gráficos moleculares, o desenho de moléculas auxiliados por computador e as relações quantitativas de estrutura-atividade..
                 Finalmente, na década de 90 aparece a Biologia Molecular, que está fundamentalmente ligada à Engenharia Genética, ciência nova que teve seu marco inicial em 1975. Esta ciência esta dando uma contribuição importante na determinação de
novos alvos moleculares e novas metodologias para o estudo e
produção de fármacos. Assim, entre as aplicações da Biologia Molecular pela indústria farmacêutica, podemos destacar: i) a determinação da etiologia gênica de algumas doenças. Neste caso é necessário, por exemplo, conhecer o porque da resistência de
algumas bactérias a determinados antibióticos na procura de alvos mais seguros para o efeito dos mesmos. Por outro lado, existem aproximadamente 5000 distúrbios genéticos que afetam o homem provocando várias patologias. O conhecimento dos genes que predispõem a determinadas doenças e como eles interagem deve conduzir à descoberta de novos e importantes fármacos, como no caso da hipertensão arterial, câncer, mal de
Alzheimer, etc; ii) identificação e confirmação da participação de determinados receptores em certas doenças mediante a clonagem dos mesmos; iii) produção de peptídeos terapêuticos como no caso da insulina; iv) criação de organismos para screening; v) utilização de animais transgênicos mediante a incorporação de genes humanos nos mesmos para determinar sua função e testar fármacos que atuem na sua expressão.

 




               











 

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